O Governo de Santa Fe lançou na quinta-feira o Programa de Conservação de Solos da Província, um âmbito que procura promover o uso sustentável dos solos santafesinos através de um plano que procura difundir os benefícios ecossistêmicos e econômicos da conservação; colocar em funcionamento uma plataforma digital moderna e atualizada; implementar áreas demonstrativas; e monitorar e certificar os locais que realizem boas práticas.
Durante a cerimônia realizada na Sociedade Rural da cidade de Santa Fe, no marco da Terceira Jornada Santafesina de Solos, o ministro do Desenvolvimento Produtivo, Gustavo Puccini, e o secretário de Agricultura e Pecuária, Ignacio Mántaras, deram detalhes sobre os objetivos, destinatários e ações do Programa.
A respeito disso, Puccini disse que “é importante contar com uma política desse tipo, porque apostamos na produção na província, fundamentalmente a sustentável, e o solo e a água são um recurso insubstituível que queremos cuidar”.
O ministro indicou que “quase 4 milhões de hectares ( 80 %) na província estão tendo problemas de erosão, de perda de minerais, e tudo isso necessita ser cuidado. No entanto, desse 80 % contamos com dados oficiais somente de 2 %, daí a importância que o Observatório Santafesino de Solos -que é um grupo de intelectuais, científicos e acadêmicos, junto com o setor privado- possa contar com uma ferramenta digital que é a que estamos por incorporar, a estamos licitando no momento, e vai ser quase única no país pelo manejo que vai ter: cada produtor vai poder ser partícipe desse trabalho articulado para o cuidado do solo, com dados, conscientização, com muita capacitação no território, e com um programa que se ampara numa lei de conservação de solos há 30 anos”.
Finalmente, Puccini destacou que “mais uma vez Santa Fe se torna pioneira no que diz respeito aos recursos naturais: produzir amigavelmente com o ecossistema; e mais uma vez demonstramos que pode se articular o público e o privado, que é o desafio para o ano 2025 e para os anos vindouros”.
O cuidado do solo e a água quanto políticas de Estado
A seguir, o secretário de Agricultura e Pecuária, Ignacio Mántaras, observou que “Santa Fe tem tido uma normativa e uma Constituição muito interessante e inovadora” em matéria de cuidado do solo e da água, “e o que estamos fazendo hoje é um relançamento, porque é aplicar a lei e aplicar a Constituição”.
O secretário explicou que “do Estado provincial queremos basicamente visibilizar o que fazemos com nossos solos. Temos potestades sobre eles em nível provincial, têm potestade os produtores, toda a cadeia produtiva tem responsabilidade sobre esse recurso essencial. E o diagnóstico na província não é bom, por isso focamos num programa onde todos os que interagimos, seja governo provincial ou locais, e toda a rede institucional que Santa Fe tem -que é muito rica-, junto aos produtores e aos proprietários, tenham uma política de Estado para melhorar e administrar os solos em prol das gerações futuras”.
Do mesmo modo, Mántaras indicou que “vamos reformular muitos parâmetros”, e lembrou que “a província está num processo de licitação de uma ferramenta que vai nos permitir o diagnóstico e a gestão dos solos. Entendemos que isso vai ser para benefício de uma maior produtividade e uma maior preservação desse recurso”.
Por último, mencionou o Observatório Santafesino de Solos, que foi criado em 2017 “ e que colocamos novamente em funcionamento. É um âmbito científico-tecnológico e acadêmico, é com quem trabalhamos o ano todo intensamente e agora vamos convidar o Conselho Santafesino dos Solos, onde se integram os representantes da produção e outros organismos, para dar mais volume a esta política”.
Do encontro participaram também o diretor provincial de Agricultura e Desenvolvimento Florestal, Damian Scarabotti; e os coordenadores do Observatório Santafesino dos Solos, Mario Monti e Jorge Carbone, entre outros.