O governador de Santa Fe, Maximiliano Pullaro, assinou na quinta-feira um acordo marco de irmandade com seus pares de Corrientes, Gustavo Valdés; Chaco, Leandro Zdero; Entre Ríos, Rogelio Frigerio; Formosa, Gildo Insfrán; e Misiones, Hugo Passalacqua, com o objetivo de avançar na formação do bloco de integração regional “Região Litoral”, e assim fortalecer as políticas federais e as relações multilaterais entre as províncias que o compõem.
Após a reunião, realizada na cidade correntina de Bella Vista, Pullaro manifestou que “é uma honra estar nesse momento histórico como governador da província invencível de Santa Fe, que tem muito a ver com o que hoje estamos fazendo aqui, porque quando o brigadeiro Estanislao López estampava sobre a bandeira de minha província esse conceito, fazia isso em defesa da constituição de um Estado Federal, porque entendia que tínhamos interesses e temas comuns”.
“E hoje, 200 anos depois, nos reunimos os governadores dessas seis províncias, para defender nosso povo, para elaborar uma agenda que defenda o trabalho, a produção, e fundamentalmente que defende o futuro e o federalismo”, sustentou Pullaro.
A seguir, o governador santafesino afirmou: “Acreditamos profundamente num governo e num Estado federal, por isso, é muito importante, nos tempos que correm no nosso país, mas também no mundo, que os Estados possamos começar a encontrar temas comuns para executar políticas comuns que permitam desenvolver-nos, fortalecer nosso sistema produtivo e infraestrutura, pensar no cuidado do meio-ambiente; pensar em políticas públicas que nos coloquem em outro lugar”.
“O que estamos fazendo agora é algo histórico. Se trabalharmos juntos, se nos propusermos objetivos importantes, vamos conseguir defender e fortalecer nossa região, o Litoral, mas fundamentalmente contribuir para que a República Argentina possa progredir”, concluiu Pullaro.
Defender e consolidar o Federalismo
Mais tarde, Valdés indicou: “Que hoje estejamos aqui confirma a inquebrantável vontade de avançar juntos para os objetivos comuns, porque vemos as necessidades das províncias de reunir-nos para constituir uma zona de trabalho comum e para dar um novo impulso à Argentina, que necessita transformar-se para ser mais justa com os cidadãos do interior”.
O objetivo da formação da Região Litoral é “gerir interesses comuns, que são muitos”, assinalou Valdés; e destacou a necessidade de “discutir um país Federal, a sério. Não podemos continuar vivendo num país que é Federal no político, e cada vez temos maior concentração de recursos”.
Por sua vez, Frigerio valorizou a “maravilhosa decisão política de criar, em linha com o mandado da Constituição, a Região do Litoral. Nós somos o berço do federalismo na Argentina, por isso temos que defendê-lo, e estar mais unidos do que nunca, porque vamos nos sentir um pouco menos sós do que costumamos nos sentir, tendo que nos encarregar de praticamente a totalidade dos bens e serviços públicos que recebe nossa gente em solidão. A constituição dessa região nos faz mais fortes”.
Por sua parte, Zdero manifestou que “vimos ratificar a Argentina Federal, porque a pátria se fez do interior profundo para Buenos Aires, e a pátria se faz todos os dias no interior do país. Esse pacto será histórico se tivermos a capacidade de trabalhar juntos”, finalizou o governador do Chaco.
Do mesmo modo, Passalacqua indicou que o objetivo é “consolidar o federalismo. Há uma difícil compreensão do que é o interior desse país, sobretudo entender o conceito básico de que as províncias somos preexistentes à Nação”.
Finalmente, Insfrán aderiu “ao que disse o governador de Santa Fe quanto à história das origens da nossa nação” e afirmou que "do Litoral vamos fazer com que as vozes sejam escutadas” sem importar a procedência político-partidária porque nos “une lutar pelo federalismo”.